É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.
Jornalista em formação, escritora por ambição. Sou de alma interiorana e visão cosmopolita. Trabalho no processamento técnico, catalogando livros na Biblioteca Central da Unisc. Por isso todo dia os livros convivem comigo e eu com eles, e talvez toda a explicação pela paixão por eles. Amo ler. Amo a literatura e seus contextos. Admiro pessoas inteligentes, por do sol, lua, chuva, água, desapego e caráter.
24 de jul. de 2009
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Um comentário:
Oii,
Adoro Cecília!!
Belo poema!
Beijosss
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