Jornalista em formação, escritora por ambição. Sou de alma interiorana e visão cosmopolita. Trabalho no processamento técnico, catalogando livros na Biblioteca Central da Unisc. Por isso todo dia os livros convivem comigo e eu com eles, e talvez toda a explicação pela paixão por eles. Amo ler. Amo a literatura e seus contextos. Admiro pessoas inteligentes, por do sol, lua, chuva, água, desapego e caráter.
6 de dez. de 2011
Trecho
Ao longo do percurso, deparamos com as outras vidas: conhecê-las ou não, vivê-las profundamente ou deixá-las de lado, só depende da nossa escolha do momento; mesmo que não o saibamos, ao escolhermos um caminho em vez de outro podemos estar arriscando a nossa própria existência, bem como a de quem nos acompanha.”
* Trecho de Vá aonde seu coração mandar, da italiana Susanna Tamaro, em tradução de Mario Fondelli, para a Rocco, edição de 1995.
Texto do blog de Romar Beling - 06/12/2012
24 de nov. de 2011
Clarice por Clarice
eu amo literatura
Cansada de quê? Que fizemos nós, os que trotam no inferno da alegria? Há dois séculos que não vou. Da última vez que desci da sela enfeitada, era tão grande a minha tristeza humana que jurei que nunca mais. O trote porém continua em mim. Converso, arrumo a casa, sorrio, mas sei que o trote está em mim. Sinto falta como quem morre. Não posso mais deixar de ir.
E sei que de noite, quando ele me chamar, irei. Quero que ainda uma vez o cavalo conduza o meu pensamento. Foi com ele que aprendi. Se é pensamento esta hora entre latidos. Os cães latem, começo a entristecer porque sei, com o olho já resplandecendo, que irei. Quando de noite ele me chama para o inferno, eu vou. Desço como um gato pelos telhados. Ninguém sabe, ninguém vê. Apresento-me no escuro, muda e em fulgor. Correm atrás de nós cinqüenta e três flautas. À nossa frente uma clarineta nos alumia. E nada mais me é dado saber.
De madrugada eu nos verei exaustos junto ao regato, sem saber que crimes cometemos até chegar a madrugada. Na minha boca e nas suas patas a marca do sangue. O que imolamos? De madrugada estarei de pé ao lado do ginete mudo, com os primeiros sinos de uma Igreja escorrendo pelo regato, com o resto das flautas ainda escorrendo dos cabelos.
A noite é a minha vida, entardece, a noite feliz é a minha vida triste - rouba, rouba de mim o ginete porque de roubo em roubo até a madrugada eu já roubei, e dela fiz um pressentimento: rouba depressa o ginete enquanto é tempo, enquanto ainda não entardece, se é que ainda há tempo, pois ao roubar o ginete tive que matar o Rei, e ao assassiná-lo roubei a morte do Rei. E a alegria do assassinato me consome em prazer.
Eu estava comendo a mim mesma, que também sou matéria viva do sabath.
A Paixão Segundo G.H.
22 de out. de 2011
Sonha-se, realiza-se..

Sabe quando você está atolado de coisas pra fazer? Trabalho acumulado, estudar, escrever, fazer os deveres de casa, família, namorado, amigos, tudo isso requer sua atenção.
Chega uma hora que você pensa apenas nas suas merecidas férias, e como estas seriam bem vindas. E como estão distantes as férias. Mas às vezes vem um merecido passeio. E assim foi comigo. Um passeio de apenas seis dias, mas eu diria um dos melhores passeios.
Tudo indicava apenas minha segunda ida ao Rio de Janeiro. Os dias se aproximavam do dia 28 de setembro, e eu não estava com aquele pique, aquele olhar, aquela vontade de quem iria viajar. Também poderia, estou realizando uma monografia. E como dizem: “Existe vida após a mono”, eu concordo, mas acredito que tenha sim uma vida, um pouco mais preocupada, mas tem se uma vida durante a mono, eu comprovo.
Voltando ao passeio para o Rio de Janeiro, já estou com saudade, eu diria que já fui com saudade. Vivo com saudades. Eis então que os dias estavam perto do dia 28. Chega dia 27 de setembro e vou à rodoviária. Embarco no ônibus para Porto Alegre. Na chegada da rodoviária de Porto Alegre, um senhor já declamou poesia. Opa, a viagem já começava bem. Sentada, em um banco esperando, uma senhora com flores se aproximou de mim e puxou conversa, em dez minutos de bate papo eu sabia a vida daquela senhora..
Minha amiga chega e vamos ao encontro de outra amiga. Eu diria que aquela noite foi “frouxa”, sabe? Parecia até que outro dia eu estava indo trabalhar, estudar. Eu realmente não estava em clima de passeio. Mas isso logo passou. Cheguei ao aeroporto de madrugada, embarquei e cheguei ao RJ! Eeee. Ele continuava lindo.
E nos seis dias que permaneci lá, resumiria que eu conheci muitas pessoas, de Cuiabá, Fortaleza, Recife...e diria que fiz amizades. Acho o povo do Rio de Janeiro feliz, apesar de todos os problemas assim como os outros lugares. Mas eu digo que tive sorte, sempre fui bem recebida, me passavam as informações certas.
Eu viajei sozinha. Para surpresa de muitos. E para tantos outros que acham que sozinho a viagem não tem graça. Pois bem, eu provei novamente o contrário. Sozinha, provei da liberdade, ‘provei ‘ pessoas novas, lugares novos. Acredito que se eu estivesse acompanhada não faria o mesmo.
Meu dois objetivos eram: fazer uma entrevista com um jornalista para a minha mono e ir ao show do Coldplay no Rock in Rio. Os dois fatos foram ótimos. Da entrevista restou uma torrada, um chocolate amargo e um sorisso bobo no canto da boca. Do coldplay restaram borboletas guardadas em mim.
Como nos outros passeios e viagens, a gente nunca volta o mesmo. Volta renovada. Quer ser modificar o que não esta legal. Quer se amar mais. Sonha-se mais. Programa-se mais. E como faz bem. Tanto que eu, já quero aquelas belezas, aqueles sorrisos do povo do Rio de Janeiro que só eles têm, quero a poesia e a dança, e... o beijo na Nuth Barra. E assim somos lembranças.
12 de out. de 2011
momento epitáfio
6 de out. de 2011
Nem tudo é fácil

É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar
alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos,
realidade!!!
19 de set. de 2011
eu encontrei você
Ainda Bem
Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você
Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava, eu não tava a fim
Até desacreditei
De mim
O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão
Quem diria que a meu lado
Você iria ficar
Você veio pra ficar
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim
O meu coração
Já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão
Tinha sido maltratado
Tudo se transformou
Agora você chegou
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim
12 de set. de 2011
Coldplay, nova música

31 de ago. de 2011
estou apaixonada!
Amanhã Apaixona-se...
Porque o dia seguinte é o dia mais importante da sua vida.É no dia seguinte que sabemos se o dia de ontem valeu a pena.
É no dia seguinte que acordamos para a realidade ou dormimos no sonho.
A vida da gente começa no dia seguinte e só existe uma maneira de viver: APAIXONADO.
Por isto dance, dance como se ninguém estivesse vendo você,
Trabalhe como se não precisasse de dinheiro,
Corra como se não houvesse a chegada,
Ame como se nunca tivesse sido magoado antes,
Acredite como se não houvesse frustração,
Grite como se ninguém estivesse ouvindo,
Beije como se fosse eterno,
Sorria como se não existissem lágrimas,
Abrace como se fossem todos amigos,
Durma como se não houvesse amanhã,
Crie como se não existisse crítica,
Vá como se não precisasse voltar,
Acorde como se você nunca mais fosse dormir de novo,
Faça a próxima viagem como se fosse a última,
Vista-se como se não conhecesse espelhos,
Proponha como se não existissem as recusas,
Brinque como se não tivesse crescido,
Levante como se não tivesse caído,
Case como se não houvesse outra,
Mergulhe como se não houvesse medo,
Ouça como se não existisse o certo ou errado,
Fale como se não existisse o certo ou errado,
Aprecie como se fosse eterno,
Viva como se não houvesse fim.
Prefira ser invés de ter,
Sentir invés de fingir,
Andar invés de parar,
Ver invés de esconder,
Abrir invés de fechar.
Apaixonar-se é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, espere, regue e cuide. Terá um jardim. Mas esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso de chuvas. Se desistir, não terá um jardim. Terá um descampado.
A paixão não se vê, não se guarda, não se prende, não se controla, não se compra, não se vende, não se fabrica.
A paixão é a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Entre a dúvida e a certeza.
Entre aqueles que gostam do que fazem e aqueles que fazem o que gostam.
Apaixonados não esperam, agem.
A paixão é o que faz coisas iguais serem diferentes.
Lembre-se que a arca de noé foi construída por apaixonados que nada conheciam de navegação e de embarcação e o Titanic foi feito por engenheiros profissionais, fabulosos, que queriam mostrar seu poder.
Amanhã, quando acordar, pense se hoje valeu a pena e APAIXONE-SE. Porque em 24 horas você vai entrar no dia mais importante da sua vida: o dia seguinte.
24 de ago. de 2011
Estudar, monografar

- Eleja um tema sobre o qual gostaria de adquirir mais conhecimento, o tema deve ser algo ou alguém que realmente lhe inspire;
- Você deve enfatizar somente um aspecto do tema que quer desenvolver, para não ter algo muito grande, onde esqueça detalhes importantes;
- Quando tiver decidido o tema para análise de um aspecto específico, comece reunir materiais informativos (livros, artigos, documentos de investigação, etc)
- É importante que você organize suas fontes de informação fazendo uso do método do fichário. Esse método consiste em organizar pequenas fichas onde você especifica o autor do documento, a data de edição, o tema central que o relaciona com seu tema de investigação e, por último, a natureza do documento (artigo, documento, livro);
- Quando terminar de revisar suas fontes, e tenha organizado as informações obtidas nas mesmas, comece a fazer o esboço do trabalho;
- A primeira coisa que deve constar é a introdução, que é onde se faz um resumo sobre toda a informação que contém o documento, incluindo autores revisados, artigos e fontes;
- Divida seu trabalho em diferentes capítulos, dependendo do tema, use a ordem cronológica ou a ordem de importância dos mesmos;
- Quando tiver exposto todos os seus pontos pelos capítulos, elabore uma conclusão que deve resumir os aspectos analisados e evita estabelecer juízos de valor.
19 de ago. de 2011
Saudade bateu, Itália!

Amanhã, estreia na RBS TV, um curta sobre a Itália.
Sapore Di Sale de Gino Pauli
11 de ago. de 2011
a nossa música...
9 de ago. de 2011
Amigos


3 de ago. de 2011
...
“Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, to despreocupado, com a vida eu to de bem.”
Caio Fernando Abreu.31 de jul. de 2011
Você acredita em amor á primeira vista?

Já aconteceu de você estar numa festa, dar uma volta e cruzar seus olhos com os de um garoto maravilhoso, o qual você não consegue deixar de olhar? Sentiu borboletas no estômago e ficou nervosa quando ele sorriu para você pela primeira vez? E quando vocês se deram um encontrão sem querer e nenhum dos dois sabia o que fazer? Isto se chama amor à primeira vista.
Parece que estas flechadas do Cupido existem mesmo. Inclusive algumas investigações comprovaram que o amor à primeira vsiat é possível. Para sermos sinceras, é claro que todas nós gostamos de garotos bonitos.Mas depois do primeiro impacto, também há os sentimentos. Não há dúvida de que esta primeira flechada é o que nos leva a querer conhecer melhor a pessoa. Mas o que acontece quando continuamos sentindo flechadas a cada dia?
Do ponto de vista centífico, as flechadas ativam um hormônio chamado ferormonas. As ferormonas são expelidas através da pele e contém um odor imperceptível. Somente algumas pessoas são sensíveis a certos tipos de ferormonas e dependendo de como for este odor, eles podem despertar sensações prazerosas na outra pessoa. Esta também é a explicação para a atração física que às vezes sentimos por alguns garotos, já que inconscientemente percebemos seu odor especial e nos sentimos atraídas.
30 de jul. de 2011
Que seja doce..
7 de mar. de 2011
Projeto de mono
1 de mar. de 2011
Músicas
11 de fev. de 2011
Passeando pela Itàlia
Um paìs encantador. Pela beleza natural, pela arte, pela gastronomia, e por diversas qualidades que aqui tem.
Estou amando conhecer uma nova cultura, novas comidas. Um povo um pouco mais frio, mas gentil.
Hà muitas qualidades deste paìs.
A maioria das cidades tem uma identidade parecida, casas iguais, povo pequeno e acolhedor.
Mas cada um tem uma impressao diferente da Itàlia.
A minha foi a melhor possìvel desse paìs.
Até!
Em breve posto um pouco mais de cada cidade!
25 de jan. de 2011
poesofia
22 de jan. de 2011
canção...
Não quero mais
Ouvir quem diz
Que o amor é só
Pra ser feliz
Angústia ou paz
Prazer ou dor
Eu quero é mais
Morrer de amor
Eu quero amar demais
Sem poupar coração
Que pra mim o amor que apraz
É uma louca paixão
Um amor só satisfaz
Além da razão.
'Sem poupar coração
Nana Caymmi
19 de jan. de 2011
Bela Itália

10 de jan. de 2011
Leitura

Estou lendo uma obra maravilhosa do escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850), que foi um dos escritores mais extraordinários dos últimos tempos.
O passo inicial para atingir o primeiro propósito fora dado por seu pai. Assim que melhorou de vida, Bernard-François Balssa trocou o sobrenome para Balzac -originário de uma tradicional família do sul da França, onde havia nascido- e o fez preceder por um "de", para lhe dar um toque de nobreza.
Quanto à literatura, Honoré não se cansava de, todas as noites, sonhar com os olhos abertos diante de sua irmã Laure, descrevendo-lhe os projetos que, um dia, iriam torná-lo monumental como Rabelais - que nascera na mesma cidade que ele, Tours.
De alguma forma, "O Amor Mascarado", romance que acaba de ganhar edição no Brasil, representa um encontro entre as mais antigas aspirações de Balzac. O livro foi escrito para presentear uma aristocrata, Dorothée de Biren, duquesa de Dino. E, embora longe de uma obra-prima, a narrativa ratifica que a trajetória do romance possa ser dividida em antes e depois de Honoré de Balzac.
Como não integra "A Comédia Humana" - título talvez sugerido ao ficcionista por um amigo, Auguste de Belloy, e sob o qual se abriga o extraordinário conjunto de quase cem livros-, "O Amor Mascarado", via de regra, fica de fora quando se compila a produção balzaquiana. Lançado em 1911, o romance permaneceu "por mais de meio século" guardado na biblioteca da homenageada. De lá, por iniciativa do próprio duque de Dino, Maurice de Talleyrand-Périgord, o manuscrito chegou a um certo Lucien Aubanel -que, por sua vez, o entregou à editora La Renaissance du Livre, a qual o trouxe a público.
O que se deve acrescentar é que, ao conhecê-lo, no ano de 1843, em Berlim, a duquesa de Dino achou o escritor "desajeitado e comum", segundo assinala Graham Robb em "Balzac - Uma Biografia" (1995). Curiosamente, o editor francês afirma que o ficcionista decidiu oferecer o presente a Dorothée de Biren por ser recebido "como um íntimo" em sua casa.
"O Amor Mascarado", que se chamava, a princípio, "Imprudência e Felicidade", conta uma história de inspiração moderna - com passagens inverossímeis. Num baile carnavalesco do Ópera, Léon de Préval, oficial da cavalaria, é abordado por uma jovem de máscara, Elinor de Roselis, que lhe pede ajuda para encontrar o casal com quem estava havia alguns minutos. À primeira vista, o interesse instantâneo de Léon pela mascarada não passa de um flerte. Em duas páginas, porém, ele já diz que ama a desconhecida. Impassível, ela, que se confessara viúva e desiludida com os homens, marca um encontro para somente dali a três semanas, dando início a um plano surpreendente -engravidar de Léon e desaparecer de Paris.
A idéia de uma mulher mascarada usando um estranho para consolidar o único amor ao qual está disposta a corresponder -o de um filho- é, não se discute, vigorosa. O romance, aliás, se apóia na figura de Elinor. Nada a estranhar: Honoré de Balzac tem sido, há muito, considerado um dos maiores criadores de personagens femininas. O ponto fraco da trama está em Léon -o perfil psicológico do oficial parece um rascunho diante do desenho de sólida coerência que é a mascarada.
Os livros que formam "A Comédia Humana" e, mesmo alguns que não entraram nela, como "O Amor Mascarado", transformaram Honoré de Balzac, na definição precisa de Walter Benjamin, no "primeiro herói da vida moderna". Isso talvez explique por que, mais do que em sua época, ele se afirme hoje como uma celebridade literária. A vida em vigília -das noites em que conversava com a irmã sobre seus projetos de escritor até as que se punha a escrever freneticamente- o fez escapar do pesado sono da morte.
(Rinaldo Gama é coordenador-executivo do Instituto Moreira Salles)